Sempre achei as comédias de Nancy Meyers divertidas, com diálogos e situações interessantes que sempre rendiam algumas risadas, como em Alguém tem que ceder e O amor não tira férias. Mas o último filme da diretora, Simplesmente complicado, parece mais uma novela do Manoel Carlos resumida em duas horas.
Tão embaraçoso quanto o próprio filme
A história, que não tem nada de complicada, mostra o dilema amoroso de uma mulher na faixa dos 50 anos (Meryl Streep) que, depois que os filhos saem de casa, vira amante do ex-marido (Alec Baldwin). Ao mesmo tempo, começa um caso com o arquiteto (Steve Martin, no papel de um homem sem sal, mas que pelo menos não incomoda como de costume) responsável pela reforma da casa dela.
Meryl Streep funciona como um espécie de Helena, insegura mas tentando passar imagem de forte, às voltas com a possibilidade de um recomeço ou de uma vida com um novo amor. Chega a ser irritante ver como ela tenta resolver seus problemas, seja confessando o que parece ser um crime para as amigas, seja procurando um terapeuta ou mesmo tentando reformar a casa.
Mas minha paciência se esgotou mesmo a partir da cena em que Baldwin fica nu na cama da ex-mulher e cobre as partes íntimas com um macbook. Não bastasse as mais de duas horas de duração, a cena, que tenta ser a mais engraçada do filme, é patética e prova que Alec Baldwin só tem graça mesmo na série 30 Rock. Ainda mais irritante é ver como os filhos mimados do ex-casal se comportam quando descobrem que os pais estavam tendo um caso pós-divórcio.
O universo da classe média alta, que vive entre os condomínios seguros e luxuosos do subúrbio e os apelos visuais e comerciais de Nova York, os problemas de relacionamento e as aventura amorosas das personagens reforçam as semelhanças com um folhetim das oito. A única diferença é o tamanho da sala em que se assiste.
Complexo C 
Ha eu gostei do começo do meio só não gostei do fim…deu pra da muitas risadas mas o fim foi um horror