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Em 2012… | Os grandes lançamentos, parte 1

4 jan

No início do ano publicamos duas listas contendo filmes que, de alguma forma, achávamos que tinham potencial para fazer bonito em 2012. Primeiro, uma lista com 10 grandes lançamentos. Os “filmes-evento”. Aqueles que tinham boas chances de se tornarem sucessos de bilheteria e que, esperávamos, trouxessem algo de interessante artisticamente. Em seguida publicamos uma lista com 10 filmes, vamos dizer, comercialmente mais frágeis, mas que nos chamaram a atenção por algum motivo.

À guisa de retrospectiva, e porque acabamos não falando sobre esses filmes no decorrer do ano, vamos dar uma repassada nessas listas e ver se a realidade frustrou as expectativas ou se os filmes tinham mesmo a qualidade esperada*.

*Já que Os Vingadores foi o único filme da lista que comentamos, não há necessidade de voltar a ele. Você pode ler o texto sobre o filme aqui.

Isso está longe de ser uma lista de melhores do ano. É mais uma espécie de prestação de contas, já que ajudamos a criar o hype em torno desses filmes lá em Janeiro. Vamos ver como eles se saíram.

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As Aventuras de Tintim, de Steven Spielberg

As Aventuras de Tintin

Os espectadores brasileiros viram, em 2012, duas faces do diretor Steven Spielberg. A primeira, o “Spielberg sério” de A Lista de Schindler, A.I. e A Cor Púrpura, com suas tendências para o melodrama, apareceu em Cavalo de guerra. A segunda, o “Spielberg clássico” de Tubarão, Jurassic Park e Os Caçadores da Arca Perdida, deu as caras com a estreia desse As Aventuras de Tintim.

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Os Vingadores | Maior que a simples soma das partes

14 maio

Pode parecer injusto medir o sucesso de um filme a partir de uma única sequência, mas creio que a própria Marvel é culpada disso. Ao investir em um experimento raro na história dos blockbusters americanos, e produzir cinco filmes de super-heróis que apontavam para a produção de um sexto que reuniria todos eles, pode-se dizer que o sucesso ou fracasso de Os Vingadores (The Avengers, no original) seria medido, em grande parte, pela cena em que finalmente os heróis se juntariam para combater o mal.

É um bom sinal, portanto, que o tal momento não só é uma ótima sequência de ação, grandiosa e divertida, como também é melhor do que qualquer coisa que tenha aparecido nos filmes solo dos heróis em questão. Nas mãos do diretor-roteirista Joss Whedon, Os Vingadores é cinema-pipoca bem executado.

(Não continue se ainda não assistiu ao filme)

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Drive, de Nicolas Winding Refn

2 mar

DriveÉ interessante ver o desafio que um filme como Drive representa para as distribuidoras. É um filme que não se encaixa totalmente na definição de filme de ação, nem suspense, nem policial. Mas que é, ao mesmo tempo, um pouco dos três. Se é necessário categorizar, Drive pode ser qualificado como um estudo sobre o herói de filmes de ação. Nesse sentido, o diretor Nicolas Winding Refn produz uma espécie de anti-Velozes e Furiosos (para ficar na mesma temática): um filme que esbanja estilo em um ritmo deliberadamente lento, economizando na ação propriamente dita.

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Em 2011… | Macacos, Cowboys e Aliens

9 jan
Onde corremos atrás de algumas estreias do ano que passou.

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Planeta dos Macacos: A Origem, de Rupert Wyatt (Rise of the Planet of the Apes, EUA, 2011)

A franquia Planeta dos Macacos nunca teve muita chance de explorar seus temas fora da estrutura da ficção científica barata. Ainda que o primeiro filme (o hoje clássico de 1968 com Charlton Heston) trate de temas como liberdade e opressão, ele sempre foi mais lembrado pelas, agora icônicas, “fantasias de macaco” e pelo final surpreendente. As inúmeras sequências e “pré-sequências” posteriores trataram de colocar a franquia de vez no universo do filme B. E nisso incluo o terrível remake de 2001.

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Em 2011… | “Contra o tempo” e “Super 8”

4 jan
Onde corremos atrás de algumas estreias do ano que passou.

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Contra o tempo, de Duncan Jones (Source Code, EUA, 2011)

Em seu segundo longa-metragem, Duncan Jones (filho de David Bowie) demonstra, mais uma vez, uma predileção pela ficção científica e por roteiros high concept. Em Moon (de 2009) a trama de ficção servia apenas como pano de fundo para um filme que se aproximava bastante de um monólogo com o talentoso Sam Rockwell como centro de uma narrativa que se interessava em investigar o que nos define como indivíduos. Já nesse Contra o tempo, Jones trabalha com um pé na ficção cientifica, outro em um filme de ação clássico.

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